Sobre erros e empatia!

  Como você se sente quando seu professor te corrige? Você se sente constrangido? Muitos alunos sim e por um motivo muito simples, talvez  se sintam julgados. Mas como professora eu vou te contar o que passa na minha cabeça quando eu corrijo um aluno.

"Preciso sinalizar o erro para que o aluno registre a informação de forma correta". Apenas isso passa pela minha mente! O olhar do professor para o erro é o mesmo de um médico para um corte. O médico não fica julgando o paciente, pensando que a pessoa deveria ter  usado uma faca menos afiada para cortar pão. Ele olha para o corte, pensando em como fechá-lo. Quantos pontos serão precisos, se há necessidade de aplicar vacina antitetânica. Enfim, o foco é o problema e não o dono dele.

 Entender isso pode te trazer uma tranquilidade que te fará produzir muito mais. O medo de errar limita suas tentativas! Quem não arrisca, não petisca, lembra? É necessário arriscar-se, afinal, só se aprende a falar, falando..

 Mas aí, você pode me perguntar, okay, meu professor é um profissional e ele vê o erro com naturalidade. Como parte do processo de aprendizagem. Mas e meus colegas? Eles vão me achar burro. Acredite, seus colegas estão no mesmo barco que você, se não estivessem, estariam em outro estágio. Esse conceito de pertencimento, de estar no mesmo barco é muito importante e deve ser cultivado.

 Claro que a figura do professor é essencial. Se por acaso, um professor  franzir a testa ao ouvir algo errado vindo de um aluno, ele estará passando uma mensagem de desaprovação, mesmo que o gesto seja só uma tentativa de apurar a audição. Mas antes de acreditar que ele seja a encarnação de Severo Snape, observe se ele faz  isso o tempo todo. Se ele franze a testa em diversas situações, o gesto sofre um esvaziamento de significado. Trata-se provavelmente de um tique. Percebendo isso,  você não se sentirá condenado por esse olhar.

 O fato é que a linguagem corporal é algo que contagia. Quando o ambiente é gentil, todos se abrem e começa a florescer um sentimento de empatia e generosidade uns com os outros. E esse ambiente, em que os alunos se sentem seguros e amparados é o que estimula o aluno a fazer uso do idioma, mesmo que ele não se sinta absolutamente seguro do que está fazendo. Não há como aprender, sem errar.

Evitar o erro é evitar o aprendizado. Por isso, vá desarmado, tranquilo, confie na boa intenção de seu professor, veja o melhor de seus colegas e de você mesmo e seja feliz!  Até o próximo post! Escreva um comentário!

Comentários

  1. Eu prefiro ser corrigida, do que ficar falando errado sem saber. Minha teacher é doce ao me corrigir. Hehe

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  2. Verdade, não podemos ser melindroso, caso contrário perderemos oportunidades incríveis de aprimoramento.
    Mas me pergunto se é correto o professor ficar corrigindo a cada erro ou ele deve permitir alguns, numa conversa por exemplo.

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    1. Durante atividades de fluência o aluno não deve ser interrompido para correções, com certeza. Bem observado!

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